quinta-feira, 25 de outubro de 2012

DESEJO DE JUSTIÇA

Continuação de ontem...
 
DESEJO EXPRESSO E REALIZADO DE VER A JUSTIÇA
Jó 19.23-25 “Quem me dera agora, que as minhas palavras se escrevessem! Quem me dera que se gravassem num livro! E que, com pena de ferro, e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha! Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.”
Jó desejava que a justiça fosse feita para ele. Hoje, o desejo manifesto de Deus é que seu reino cresça. E para isto dá-nos oportunidades preciosas. Temos o privilégio de sermos salvos por Cristo, portanto, participantes do seu reino. Entretanto, Jesus mesmo disse em Mateus 5.10: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” O conceito de Justiça é um dos maiores problemas que vivemos, pois que herdamos estes mesmos conceitos e acredito que este é um motivo muito forte para que a distância de relacionamento que existe, muitas vezes, entre as diferentes faixas de idade existentes, aconteça. Algum tempo atrás vivi uma experiência interessante com uma criança que tinha somente três anos e meio, o que me lembrou sobre a justiça herdada.

a) Justiça herdada
“Estávamos em uma festinha de aniversário, e ela brincava de bicicleta, enquanto duas outras meninas brincavam próximas a ela. De repente ela se precipitou com a bicicleta sobre a menor, e, com o susto saiu jogando a bicicleta longe e chegou ante sua mãe e gritou: Me bate mãe! Me bate! A mãe sem saber o que fazer ante o gesto de sua filha deu um sorriso, e ela saiu correndo para dentro de sua casa. E sua mãe me perguntou: - E agora? Eu disse: - “Espere". Fui até o local onde ela havia se escondido e vi que estava deitada em baixo da cama. Deitei-me na mesma posição em que ela se encontrava e disse-lhe: - “Você sabe o que aconteceu? Foi um acidente. Você sabia que acidentes acontecem mesmo quando a gente brinca?” Ela calada. Eu disse mais: - “A tia já teve um acidente também.” E contei-lhe que sem querer havia batido com o carro em um cachorro. Portanto, procurei mostrar-lhe que acidentes acontecem com qualquer pessoa. Logo ela estava saindo do local em que se achava escondida e, sorrindo, voltou a brincar. O que desejo tirar daí é que para ela o conceito de justiça era que, se errou, a solução seria apanhar. E se isso acontecesse ela poderia voltar a brincar pois que tudo estaria bem. Este é um dos males que tem provocado a falta de crescimento do reino de Deus entre nós, é, sem dúvida, o mal dos nossos conceitos. O que aprendemos é nosso, é único. Nada pode mudar, nada pode ser alterado. A outra coisa que acredito afasta-nos de um relacionamento melhor, uns com os outros, especialmente dos adultos com os mais jovens, é a distância que colocamos entre nós. Já sabemos muitas coisas, portanto eles têm que nos ouvir, pois já estamos com a verdade que a vida nos ensinou. eE isso afugenta...
 b) Justiça que afugenta
Mas com o acontecimento com aquela criança, pude ver mais uma coisa. é que, se eu não tivesse conseguido chegar, de fato, até ela com minha atitude de me deitar no chão, como ela estava; de falar a ela mostrando que eu também já ‘errara’, não poderia naquele momento de pânico em que ela se achava, comunicar-me com ela. Nós nos esquecemos de chegar e penetrar no mundo dos que nos cercam, tentando conhecer e reconhecer o lado do outro. Ainda, nos esquecemos facilmente de tudo que fizemos em cada fase da nossa vida. Então, passamos a julgar cada atitude do nosso semelhante, especialmente, os mais jovens. Censuramos os seus atos, cobramos desta mesma juventude, atitudes que, na verdade, nós poderíamos estar desenvolvendo juntos. Nossas palavras podem ferir...
 c) Justiça verbal
Lembramos que a palavra, mesmo que não o queiramos, reflete os nossos pensamentos. Jesus afirmou que: “O que contamina o homem não é o que entra em seu coração, mas o que dele procede.” Se nosso coração está cheio de pensamentos maus, de ira, de crítica, logo nossas palavras serão cheias de desdém, desprezo, e mais, de insinuações. Quem eram os fariseus para que Jesus fizesse a comparação que ele fez? Eles eram pessoas cheias de si, que achavam que sabiam tudo, isto aos seus próprios olhos. Eles se consideravam donos da verdade. Verdade arcaica pois não queriam olhar o que havia de novo. O Messias! Jesus e sua graça. Jesus e seu Poder! Jesus mesmo foi censurado por eles. E lhes disse: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois, vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando.” (Mateus 23.13).
Portanto se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus...” (Mateus 5.20). Como é forte esta afirmação de Jesus. Sabemos que muitas vezes a nossa justiça é muito “nossa”, sem desejarmos conhecer os motivos dos outros para qualquer atitude! Vejam só, se nossos pensamentos se tornam em palavras, como podemos desejar que nossas palavras venham a ser escritas?
O que seria escrito se seu pensamento estivesse retratado em suas palavras? Este livro poderia ser lido por qualquer pessoa sem nenhum constrangimento para você?
 Mas o complemento deste versículo “Portanto se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus...” diz que estas pessoas “de maneira nenhuma entrariam no reino dos céus”. Podemos imaginar a força desta afirmação de Jesus quando diz que estes não entrarão no reino dos céus? Jó buscava nos seus amigos um pouco de justiça, mas o que eles tinham para oferecer eram censuras, era somente adentrar na vida de Jó para descobrir o motivo que estava provocando tanto mal. É isto o que geralmente acontece entre nós hoje. Pessoas que tentam nos ajudar conseguem somente, de forma errada, interferir em nosso íntimo. Não conseguem compartilhar, sofrer com nossa dor, ou mesmo sorrir com nossa alegria! E isto Jesus abomina! O que nós precisamos é buscar no Senhor uma maneira de sermos justos desde no tratamento conosco mesmos, pois muitas vezes é daí que se inicia, por não sabermos nos julgar, ou ainda, por vermos do que somos capazes, e isto, procuramos transferir para outros. Se nossa capacidade em fazer determinada coisa é aguçada, logo achamos que outros podem fazê-lo também! Precisamos deixar que a justiça seja exercitada naturalmente através de cada um de nós, e mais, que tenhamos o mesmo ardor que Jó teve, sem medo, desejando ver nossas palavras escritas, pois que ao exercitarmos a justiça, seremos Justos! E nada mais poderá retratar pensamentos que sejam parecidos aos dos escribas e fariseus!
Léo Lima

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