segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

DEIXEI DE CONJUGAR


Compartilho hoje uma das poesias que escrevi na década de 1970. O meu desejo é que possamos fazer uma reflexão neste dia que nos provoca uma análise dos feitos do ano que está findando. 

Último dia...
Genuflexo, pensativo
O homem permanece introspectivo,
Mescla de alegria que logo fenece... 
Quando aos seus olhos aparece,
Em meio aos abrolhos, 
O seu dia a dia, que anoitece.
Lentamente escurece...
O ano termina.
E ele se recrimina,
Se amofina,
Até desatina...
Descem as lágrimas
Que são como rimas
Da sua dor.
Do seu amargor.
Em dissabor
Somente
O ser descontente:
“Que hei feito deste ano?
Foram muitos os desenganos...”
“Quanto, meu Deus, deixei de fazer,
Do Teu nome engrandecer?
Quantas vezes Senhor, deixei-me levar
Pelo verbo Negar!
Pelo Verbo Divagar...
Sem conjugar
O verbo Perceber,
O verbo Conceder,
O verbo Compartilhar,
O verbo Retroceder,
O verbo AMAR!
Oh, Senhor! Perdoa esta criatura,
Que Te fez muitas juras,
Que mais Te procura
Quando sofre agruras!
“Que a partir deste alvorecer
Possa eu permanecer e
Contigo somente ir vivendo,
De tudo me desprendendo...
E que a todo amanhecer
Possa eu agradecer
Sem muito a recriminar.
Sem muito a chorar.
Vendo-Te ao meu lado
Falando, ou mesmo calado.
Que eu compreenda,
À Tua vontade me renda.
Pois sei, terei como prenda
Um louro singular,
Imorredouro em Teu lar.
Seja o meu dia a dia
Deste ano que inicia
Neste dia que anuncia
Sempre um tesouro
Pela Tua companhia!...

Feliz 2013! Deus abençoe a sua vida!!!
Léo Lima

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