Palavras
        Palavras.
Palavras...
        Vãs. Inexprimíveis.
        Que muito falam,
        E pouco dizem.
        Inesgotáveis são as
palavras.
        E calam pouco
expressando...
        O EU oculto não
devassando.
        E como vulto indefinido,
desconhecido,
        Elas prosseguem na
louca ânsia
        Que a fragrância será
exalada,
        Que doce canto entoado,
        Que mesmo o pranto estancado,
        Que a saudade amenizada,
        Que a orfandade confortada,
        Que o verbo amar conjugado.
        Ansiar... Vagar...
        Tudo pretensão das
palavras...
        Que ostentação!
        O que sente um
coração
        Não se exprime com a
razão!
        Não se define!
        E cada pulsação retine
        Como suaves notas executadas,
        Seguindo rota cadenciada.
        Cala-te palavra
Da minha boca. Já soa oca...
        Que o meu coração somente,
        Em vibração que não
mente,
        Através da minha mão
        Fale docemente PALAVRAS...
        De otimismo, sem
pieguismo!
        De paz, que tudo
refaz!
        De amor que é o
penhor
        Da vida REDIMIDA!
Léo
Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário