“Uma vez eu estava olhando pela
janela da minha casa e vi vários rapazes sem experiência; mas notei que um
deles era mesmo sem juízo. Esse rapaz estava andando pela rua, perto da esquina
onde morava uma certa mulher. Ele passava por perto da casa dela, ao anoitecer,
quando já estava escuro. E aconteceu que essa mulher foi encontrar-se com ele,
vestida como uma prostituta e cheia de malícia. Ela era espalhafatosa e
sem-vergonha e estava sempre andando pelas ruas. Ficava esperando em alguma
esquina, às vezes numa rua, outras vezes na praça. Ela chegou perto do rapaz, e
o abraçou, e beijou. Então, com um olhar atrevido, disse: – Paguei hoje os meus
votos, e a carne dos sacrifícios de gratidão está comigo. Por isso saí
procurando você. Eu queria encontrá-lo, e você está aqui! Já forrei a minha
cama com lençóis de linho colorido do Egito. Eu a perfumei com mirra, aloés e
flor de canela. Venha, vamos amar a noite toda. Passaremos momentos felizes nos
braços um do outro. O meu marido não está em casa; ele foi fazer uma longa
viagem. Levou bastante dinheiro e só voltará daqui a alguns dias. Assim, ela o
tentou com os seus encantos, e ele caiu na sua conversa. E, num instante, lá
foi ele com ela, como um boi que vai para o matadouro, como um animal que corre
para a armadilha, onde uma flecha atravessará o seu coração. Era como um
pássaro que entra num alçapão, sem saber que a sua vida está em perigo. Agora,
meu filho, escute! Preste atenção no que vou dizer. Não deixe que uma mulher
como essa ganhe o seu coração; não ande atrás dela. Pois ela tem sido a
desgraça de muitos homens e tem causado a morte de tantos, que nem dá para
contar. Se você for à casa dessa mulher, estará caminhando para o mundo dos
mortos, pelo caminho mais curto”. (Provérbios 7.6-27).
Neste texto o sábio mostra como pode ser
tecida uma teia de aranha. Ele procura despertar o cuidado e o entendimento
para a pessoa não cair nos laços armados pera ele. Vale reler e meditar.
Léo Lima
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