Hoje compartilho uma das poesias escritas por meu
pai em homenagem às mães. Estamos no final do mês dedicado a elas e hoje a
minha mãe completa 92 anos e a ela dedico. Esta poesia que ele escreveu nos
idos de 1969. Ele assinava, como poeta, o pseudônimo de Amil Edram.
MÃE
Mãe: que importa a física aparência?
Se
velha, ou moça, se feia
Ou
extremamente linda?
Mãe: sua
alma tem a quintessência
Da
angélica bondade e da ternura infinda!
Mãe: que afaga ao calor dos seios
A
tenra criancinha,
Que
envolve de carinho, de cuidados!
Mãe: que do filho ingrato se avizinha,
Com
o coração ferido, ou erros já perdoados!
Mãe: que da sua preciosa vida
Outra
vida dá origem,
E
que se dá para que viva o filho.
Mãe: que ostenta na fronte o magno brilho
Que
em contemplando-o causa-nos vertigem!
Mãe: que do amor é o exemplo mais sublime.
Que
sofre, que perdoa,
Que
regozija e exalta.
Mãe: que não poucas vezes se atordoa;
Que
encobre o mais hediondo crime
E
repreende a mais ingênua falta!
Para todas as mães que amam e sofrem, mas para aquelas que
muitas vezes são privadas da presença do filho amado. E de uma forma especial à
minha mãe - Dedico.
Léo Lima
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