Jó 19.23-25 “Quem me dera agora,
que as minhas palavras se escrevessem! Quem me dera que se gravassem num livro!
E que, com pena de ferro, e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha!
Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.”
Jó desejava que a justiça fosse feita para ele. Hoje, o desejo manifesto
de Deus é que seu reino cresça. E para isto Ele nos dá oportunidades preciosas.
Temos o privilégio de sermos salvos por Cristo, portanto, participantes do seu
reino. Entretanto, Jesus mesmo disse em Mateus 5.10: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e
fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” O conceito de
Justiça é um dos maiores problemas que vivemos, pois que herdamos estes mesmos
conceitos e acredito que este é um motivo muito forte para que a distância de
relacionamento que existe, muitas vezes, entre as diferentes faixas de idade existentes,
aconteça. Algum tempo atrás vivi uma experiência interessante com uma criança
que tinha somente três anos e meio, o que me lembrou sobre a justiça
herdada.
Justiça herdada
“Estávamos em uma festinha de aniversário, e ela brincava de bicicleta,
enquanto duas outras meninas brincavam próximas a ela. De repente ela se
precipitou com a bicicleta sobre a menor, e, com o susto saiu jogando a
bicicleta longe e chegou ante sua mãe e gritou: Me bate mãe! Me bate! A mãe sem
saber o que fazer ante o gesto de sua filha deu um sorriso, e ela saiu correndo
para dentro de sua casa. E sua mãe me perguntou: - E agora? Eu disse: -
“Espere". Fui até o local onde ela havia se escondido e vi que estava
deitada em baixo da cama. Deitei-me na mesma posição em que ela se encontrava e
disse-lhe: - “Você sabe o que aconteceu? Foi um acidente. Você sabia que
acidentes acontecem mesmo quando a gente brinca?” Ela calada. Eu disse mais: -
“A tia já teve um acidente também.” E contei-lhe que sem querer havia batido com
o carro em um cachorro. Portanto, procurei mostrar-lhe que acidentes acontecem
com qualquer pessoa. Logo ela estava saindo do local em que se achava escondida
e, sorrindo, voltou a brincar. O que desejo tirar daí é que para ela o conceito
de justiça era que, se errou, a solução seria apanhar. E se isso acontecesse
ela poderia voltar a brincar pois que tudo estaria bem. Este é um dos males que
tem provocado a falta de crescimento do reino de Deus entre nós, é, sem dúvida,
o mal dos nossos conceitos. O que aprendemos é nosso, é único. Nada pode mudar,
nada pode ser alterado. A outra coisa que acredito afasta-nos de um
relacionamento melhor, uns com os outros, especialmente dos adultos com os mais
jovens, é a distância que colocamos entre nós. Já sabemos muitas coisas,
portanto eles têm que nos ouvir, pois já estamos com a verdade que a vida nos
ensinou. E isso afugenta...
Léo Lima
continua amanhã...
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