domingo, 31 de dezembro de 2023

ÚLTIMO DIA!

Genuflexo, pensativo o homem permanece introspectivo,
Mescla de alegria que logo fenece...
Quando aos seus olhos aparece, em meio aos abrolhos,
O seu dia a dia, que anoitece.
Lentamente escurece...
O ano termina.
E ele se recrimina, se amofina, até desatina...
Descem as lágrimas que são como rimas da sua dor.
Do seu amargor.
Em dissabor somente o ser descontente:
“Que hei feito deste ano? Foram muitos os desenganos...”
“Quanto, meu Deus, deixei de fazer, do Teu nome engrandecer?
Quantas vezes Senhor, deixei-me levar pelo verbo Negar!
Pelo Verbo Divagar...
Sem conjugar o verbo Perceber, o verbo Conceder, o verbo Compartilhar. O verbo Retroceder, o verbo AMAR!
Oh, Senhor! Perdoa esta criatura, que Te fez muitas juras,
Que mais Te procura quando sofre agruras!
‘Que a partir deste alvorecer possa eu permanecer
Contigo somente ir vivendo, de tudo me desprendendo.
E que a todo amanhecer possa eu agradecer
Sem muito a recriminar. Sem muito a chorar.
Sabendo-Te ao meu lado falando, ou mesmo calado.
Que eu compreenda e à Tua vontade me renda.
Pois sei, terei como prenda um louro singular, imorredouro em Teu lar. Seja o meu dia a dia deste ano que inicia
Neste dia que anuncia sempre um tesouro pela Tua companhia!’

Léo Lima


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