Hoje resolvi compartilhar mais uma vez a poesia que não esqueço o motivo e o momento em que a escrevi ela foi publicada pela primeira vez no ano de 1980: 'O Grão de Areia'.
Por tortas linhas
O coração angustiado,
E tudo desencontrado.
Com grande espanto
Percebi que fascinado
Um Grão de Areia me falava.
- “Por que seu olhar vagueia?”
Atônita gaguejava:
- “Vo-você fa-fala??”
Riu muito faceiro.
- “Claro!”
Olhei melhor meu parceiro
Pequenino, raro!...
- “Diga-me então, qual o segredo
Para tanta satisfação?”
Falou-me feliz da vida!...
- “Oh! Cara amiga!
Eu me deleito com tudo,
Se o sol esquenta, mui rudo,
Sei que logo vem a sombra
Camarada, amiga
daquela árvore, que não me assombra,
Que nunca castiga!
Se açoita vento forte,
Percebo que a sorte
Chagou, e que novos horizontes conhecerei.
Além dos montes viverei!
Se vem a chuva refrescante
Sinto-me anelante
Pois nova vida posso dar!...
Sim. A pequena semente
De mim se sustenta,
E isso deixa-me contente!
Quando a noite chega escura,
Calma dorme a Natureza,
Tudo em mim procura
Aproximar-se do Criador.
Pois tenho certeza que sozinho,
O Grande Arquiteto,
Que com extremo amor
Deu-me por teto o céu estrelado,
Meu mundo encantado
Me ouve, e eu O ouço!
Você acha isso pouco,
Para a minha felicidade???”
- “Oh, não! Eu é que estava equivocada!
Com você percebi que o muito que sofri
Não era castigo!
É que não compreendia
Que em tudo há alegria!
Que por tudo devo agradecer!
Até mesmo por você,
Especialmente, por eu Viver!!!
Que o Senhor nos ajude a vermos em sua criação
a sua vontade para a nossa vida:
valorizar o que nos cerca!!!
Louvado seja Deus!!!
Léo Lima
Simples e indispensável como um grão de areia
ResponderExcluirObrigada!
ResponderExcluirLéo Lima