Hoje compartilho uma das poesias que fazem parte do meu livro 'Você é Poesia' e que ainda não foi publicado. O dia está pedindo para que façamos algo em prol daquele que necessita alguma coisa! Sejamos pois, mesmo que um corpúsculo, benfeitores na vida daqueles que se aproximam de nós.
Deixe-me ser apenas
Com pobres fonemas,
Como aquela falena
Tímida, pequena.
Ou, como o pirilampo
Que veloz no campo
Vagueia, delineia, bruxuleia!
Em sua noite escura
Quando a esmo procura
Uma luz, uma brancura!
Deixe-me ser apenas
Uma partícula trêmula
Aqui certa,
Acolá deserta.
Ora aberta,
Quiçá encoberta.
Raio incerto somente
É o que esta demente
Que com você sente,
Se alegre ou descontente,
Turva...
Deixe-me ser apenas
Aquela a dar um passo
Segurando no seu braço,
Firmados no Amigo regaço
Daquele que um dia
De agonia sofreu,
Só, padeceu.
Deixe-me ser apenas
O corpúsculo amigo
Apontando do céu a luz
Que irradia da Cruz!
Para quem, cercado, aprisionado
Por um escuro muro,
Até cego por seu ego
Perecendo segue...
Léo Lima
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