No texto “E Deus os abençoou, e lhes disse:
Sede fecundos e multiplicai-vos” (Gênesis 1.28) está clara a bênção e eis que era
imperativo a propagação da espécie humana. A vida do homem era abençoada no
mais alto grau, e não só no que dizia respeito à procriação. A vida do homem é
abençoada porque Deus se importa com ele; há uma provisão divina; o amor flui;
o bem-estar faz parte do decreto divino. [...] Dentre a criação física, haverá
de emanar uma criação espiritual, segundo os vs. 26 e 27 sem dúvida dão a
entender.[1]
Já em Gênesis 1.26 “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as
aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os
répteis que rastejam pela terra.” Champlin ainda faz alusão a que apesar da fraqueza humana
a sua inteligência é que lhe dá condições de administrar e dominar o meio
ambiente: Dominai. O homem é uma criatura fraca, mas a sua inteligência lhe
permite dominar o seu meio ambiente, como também dominar e amansar, até certo
ponto, os animais irracionais. Isso aparece como um poder dado por Deus, que o
homem deveria exercer. A ciência, pois, tem feito bem em promover toda espécie
de conhecimento e poder. [...] O homem foi criado como um ser dotado de
natureza tal que ele pode realizar essas coisas, e todas as atividades que
fazem parte desse progresso foram determinadas e abençoadas por Deus.
Apesar de sua queda e degradação, é
simplesmente espetacular como o homem tem progredido no conhecimento
científico. O meio em que o homem vive e sua herança tanto material quanto
espiritual é que determina sua forma de interagir com o seu ambiente: Responsabilidade espiritual. a. Devemos
usar e desenvolver nossas habilidades naturais ao máximo; b. Devemos ser
sensíveis ao meio ambiente, alterando-o para melhor; c. No caso dos cientistas,
devem identificar – elementos físico-químicos prejudiciais, removendo-os do
meio ambiente. [...] Governos e igrejas também têm responsabilidade de
manifestar-se quanto a esse particular; d. Devemos estar interessados na
herança espiritual, aprendendo mais sobre ela e promovendo-a, pois esse,
afinal, é o mais importante de todos os fatores.
Já a Bíblia NVI apresenta seu comentário e
destaca o v. 28 como bênção divina para o ser humano: Deus os abençoou [...] Encham
[...] subjuguem [...] Dominem. O homem começa sua jornada com
essa bênção divina – viceja, enche a terra com seus semelhantes e exerce
domínio sobre as demais criaturas terrestres (cf. v. 26; 2.15; Sl 8.6-8). A
cultura humana, portanto, não é contrária a Deus (embora o homem caído tenha
muitas vezes transformado seus esforços em rebelião orgulhosa contra Deus).
Pelo contrário, é a manifestação de um homem que tem a imagem do seu Criador e
compartilha, como servo de Deus, do governo soberano deste. Como representante
de Deus no âmbito da criação, é mordomo das criaturas de Deus. Não deve
explorá-las, destruí-las nem despojá-las, mas cuidar delas e usá-las a serviço
de Deus e do homem.[2]
Léo Lima
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