“Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha
para as nuvens nunca segará”. (Eclesiastes 11:4).
A paciência é uma virtude que mora no coração de poucas pessoas, pois o ser humano tem
pressa que as coisas aconteçam. Eu já fui assim! Mas com o passar do tempo, em
cada dia que nascia, passei a exercitar e a cultivar esta virtude com
muito carinho dentro de mim!
Procurando descobrir o que nasceu do coração do poeta nos versos 10
a 13 do capítulo 2, do livro Cântico dos cânticos sentimos, como já ouvimos
alguém falar que, aí está registrada a passagem das quatro estações do ano.
Como: ‘eis que tudo já é passado,
levanta e vem!’ É como se dissesse: ‘Nós já vivemos
muito tempo longe um do outro agora urge que fiquemos juntos, que depois
deste exercício de paciência possamos saborear a vida!’ Pois
o texto diz: ‘O inverno se foi, ou os invernos se foram,
aparecem as flores, eis que é primavera! A figueira já deu os seus figos, com a
voz das rolas, eis o verão. E as vides em flor exalam o seu aroma, é
o outono!’
Podemos fazer a comparação, de que eles já esperaram muito tempo, eis
que é hora de viver, pois o tempo passa, mas ele ainda diz: ‘Conjuro-vos
ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis nem
desperteis o meu amor, até que queira’ deste texto podemos extrair
várias considerações, como: (1) Ela entendia que ninguém deveria acordar
o seu amado enquanto ele dormia um sono tranquilo, ou até que ele quisesse
despertar; (2) que nada nem ninguém viessem perturbar o amor deles. Entretanto,
gosto de traçar um paralelo com o texto em Eclesiastes 3:1-8, onde o sábio
mostra que sempre há um tempo determinado por Deus para todas as
coisas. Não acordeis, é o mesmo que, ainda não é o tempo certo!
É justamente sobre este exercício que estaremos pensando. É quase
intolerável quando se trata de esperar o amor. Existe para cada
criatura neste mundo alguém que seria como esse despertar de um
sonho, alguém que tem tudo que nosso coração anseia, e nada
mais que aquele que nos completará. O despertar das nossas emoções, este que deverá ser como o descrito pelo
poeta, deverá ser no tempo determinado por Deus. E, para cada propósito
debaixo dos céus, é necessário estar atento, pode ser que o amor passe, e nem
se perceba!
‘Quem
observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará’. (Eclesiastes 11:4). Preste atenção
sinta e VIVA!
Léo Lima
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