Hoje compartilho novamente uma poesia que gosto muito. Eu a escrevi há
anos e ela é parte integrante do livro 'Vê'. Minhas palavras são reflexivas.
Que possamos pensar palavras de paz.
Palavras. Palavras...
Vãs. Inexprimíveis.
Que muito falam e pouco dizem.
Inesgotáveis são as palavras.
E calam.
Pouco expressando...
O EU oculto não devassando.
E como vulto indefinido,
Desconhecido,
Elas prosseguem na louca ânsia
Que a fragrância será exalada,
Que doce canto entoado,
Que mesmo o pranto... estancado.
Que a saudade, amenizada.
Que a orfandade, confortada,
Que o verbo amar, conjugado.
Ansiar... Vagar...
Tudo pretensão das palavras...
Que ostentação!!!
O que sente um coração
Não se exprime com a razão!
Não se define!
E cada pulsação
Retine como suaves notas,
Executadas.
Seguindo rota cadenciada.
Cala-te palavra da minha boca.
Já soa oca...
Que o meu coração somente,
Em vibração que não mente,
Através da minha mão
Fale docemente
PALAVRAS...
De otimismo, sem pieguismo!
De paz, que tudo refaz!
De amor, que é o penhor
Da vida REDIMIDA!
Léo Lima
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