domingo, 3 de março de 2013

CORPÚSCULO


Hoje compartilho novamente a poesia que nasceu no meu coração há mais de 30 anos. Gosto de pensar nela. Que a graça e a paz do nosso Deus sejam sobre você que está lendo. 



Corpúsculo
Deixe-me ser apenas
Com pobres fonemas,
Como aquela falena
Tímida, pequena.
Ou como o pirilampo
Que veloz no campo
Vagueia,
Delineia,
Bruxuleia!
Em sua noite escura
Quando a esmo procura
Uma luz, 
Uma brancura!
Deixe-me ser apenas
Uma partícula trêmula
Aqui certa,
Acolá deserta.
Ora aberta,
Quiçá encoberta.
Raio incerto somente
É o que está demente
Que com você sente,
Se alegre ou descontente
Turva...
Deixe-me ser apenas
Aquela a dar um passo
Segurando no seu braço,
Firmados no Amigo regaço
Daquele que um dia
De agonia sofreu, 
Só padeceu.
Deixe-me ser apenas
O corpúsculo amigo
Apontando do céu a luz
Que irradia da Cruz!
Para quem, cercado,
Aprisionado por um escuro muro,
Até cego por seu ego
Perecendo segue...
Léo Lima

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