domingo, 31 de março de 2013

RESSUSCITOU VERDADEIRAMENTE O SENHOR

Hoje, no dia em que se recorda e comemora a ressurreição do Senhor Jesus, compartilho mais uma das mensagens que o meu pai (pr. Manoel R. Lima) escreveu. Para este dia em que os propósitos são renovados, vale lembrar o ápice do cristianismo, pois sem a ressurreição não seríamos cristãos. O meu desejo é que Deus fale ao seu coração e que sua vida seja repleta de paz e amor junto a Jesus o Senhor que VIVE. - Léo Lima
Lucas 24.13-35
A leitura do texto acima, nos apresenta o estado de desolação e desânimo em que caíram os discípulos de Cristo, desde a sua condenação e morte. Jesus já previra tal experiência quando lhes citou o trecho profético do Salmo que dizia: “...ferirei o pastor e as ovelhas se dispersarão...”
Podemos somente imaginar, ainda que vagamente, o que de tristeza, abatimento, perplexidade, indignação e dor, ia na alma daqueles homens e mulheres que durante dias e meses,  acompanharam o doce Mestre nas suas peregrinações, através das vilas e cidades, proclamando a vinda do reino de Deus, e realizando milagres e prodígios a vista de todo o povo.
Agora, a esperança de Israel, o Filho de Davi, aquele em quem os olhos de todos, por mais de uma vez, estiveram fitos, como a querer penetrar no mistério daquele olhar tão simples e meigo, era (para eles) como outro qualquer homem, um corpo inerte no túmulo de pedra que o nobre senador, José de Arimatéia, cedeu, pois que nem túmulo havia para Ele preparado. Quem pode avaliar tamanha perda, golpe mais cruel e repentino que aquele que eles sofreram?
Mas, oh! maravilha do poder de Deus! Enquanto os seus corações se confrangiam em dor e saudade, o Senhor Jesus, já participava com eles dos seus pensamentos cheios de lamentos e tristezas, para dissipar dos seus olhos aquela negra nuvem de temor e solidão.
Quando eles lastimavam a sua perda, eis que Ele, sereno e compassivo, caminhava ao lado deles, embora não o reconhecessem, por estarem os seus olhos voltados para a terra. Exorta-os; faz com que eles percorram com Ele os sagrados textos que dEle falavam para mostrar-lhes que era necessário que todas aquelas ocorrências se verificassem, para que fosse cumprido o que  dEle estava escrito. Mas quando lhe foi manifesta a identidade do companheiro de jornada, no partir do pão, eis que os seus olhos se iluminaram, e os seus corações davam saltos de alegria por verem que a Palavra não falhou, quando lhes falava que havia de ressuscitar ao terceiro dia... Saíram. Era mister voltar a Jerusalém para dar a boa nova aos outros companheiros que lá ficaram.
Tinham uma mensagem nova e grandiosa para transmitir e não podiam guardá-la só para si. Em Jerusalém, entretanto, um grupo dos discípulos já tinha conhecimento do importante acontecimento.
E testificavam: “Ressuscitou verdadeiramente o Senhor.” Esta frase apontou um novo marco na  experiência daqueles rudes discípulos, e seria daquela hora em diante, uma mensagem sempre nova e oportuna para os que estivessem sem esperança... Vejamos o que ela nos diz:
I - Era a prova da unção de Jesus
O nascimento do Salvador fora revestido de circunstâncias especiais, misteriosas, que a seu tempo, causou admiração e temor por parte da gente humilde, e inveja e ódio dos poderosos...
O testemunho do Pai, a Seu respeito foi presenciado apenas por algumas pessoas, dentre as quais, João Batista, Pedro, João e Tiago, no monte da transfiguração e um grupo de pessoas na ocasião em que alguns gregos quiseram vê-Lo.
É verdade que a fama dos seus milagres e prodígios já se tinha espalhado por muitos lugares, mas havia os que se recusavam a reconhecê-los como prova do Seu poder provindo de Deus, dizendo que Ele operava aquelas maravilhas pelo espírito de Belzebú...
A sua morte fora uma pregação muda e objetiva da realidade da sua personalidade divina, por todas as circunstâncias que a cercaram. Ao morrer, o centurião testificava dEle, dizendo: “Este verdadeiramente, era o Filho de Deus. Foi sepultado embaixo de enorme peso dos nossos pecados, porém se levantou de novo, todo poderoso, para justificar-nos e salvar-nos. Sua morte provou a  grandeza do seu amor; sua ressurreição manifesta de novo que seu amor havia logrado o seu objetivo.”
A ressurreição foi a completa derrota do pecado, da morte e do maligno. Jesus não morreu como vítima. Ele morreu como conquistador. Sua vitória foi manifesta na ressurreição. O apóstolo S. Pedro testificou no sermão do dia de pentecostes, dizendo que “a sua alma não foi deixada no Hades, nem a sua carne viu a corrupção”, concluindo: “Saiba, pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” O que Pedro quis dizer quando afirmou que Deus o fizera Senhor e Cristo? O nome de Jesus era descritivo da pessoa a quem eles conheceram como vivendo no seu meio e a qual condenaram à morte. E agora Pedro lhes anunciou o surpreendente fato de que Deus revertera o juizo de condenação sobre Jesus, exaltando-o a uma posição de autoridade e poder que lhe pertence por direito como Senhor e Cristo (ou Ungido). A posição que ele ocupava antes, no seu seio, não era sua posição de direito. Ele estava presente como alguém de poder limitado, por fraqueza, como mostra a vergonhosa morte que sofreu: Tal posição não será sua jamais. Deus o exaltou. Deus o revestiu de autoridade e de poder universais. Seu poder é poder espiritual, como o demonstrou o derramamento do Espírito Santo.
II - É a segurança da nossa salvação
Jesus dissera aos seus discípulos e a todos os judeus que O ouviam durante a festa da dedicação, última em que Ele tomou parte: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.”
Que valor haveria nestas palavras se aquele que as proferira tivesse ficado para sempre retido nas ânsias da morte? Nada mais seriam que palavras ao vento, sem nenhum sentido, sem nenhum poder. Cristo ressurreto, põe, pelo Espírito Santo, na boca do apóstolo Paulo estas palavras: “... e se Cristo não ressuscitou  logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.
Podemos, portanto, confiar nestas outras palavras de Jesus a Marta, quando da ressurreição de Lázaro: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, nunca morrerá,” porque, “ressuscitou verdadeiramente o senhor.”
III - É a certeza do juízo final
Depois das irrefutáveis provas da sua natureza divina, do seu poder, da sua autoridade como Ungido de Deus, da sua qualidade de Salvador dos homens não há como fugirmos da sua presença quando ele vier na sua glória para o julgamento final. Disso dá-nos certeza a sua palavra dizendo-nos através do livro de Hebreus: “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram: “Testificando também Deus com eles, por sinais e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?” E ainda no livro de Atos 17.30-31: “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; por quanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo por meio do varão que para isso destinou; e disso deu a certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.” Pois que, verdadeiramente ressuscitou o Senhor.
Pr. Manoel Rodrigues de Lima

sábado, 30 de março de 2013

O TÚMULO GUARDADO


Com base em: Mateus 27.61-66
“Então Pilatos disse: - Levem estes soldados com vocês e guardem o túmulo o melhor que puderem. Eles foram, puseram um selo de segurança na pedra e deixaram os soldados ali, guardando o túmulo.” (Mateus 27.65,66).
Os últimos dias de Jesus foram de grande angústia e além da prisão, do julgamento, do levar a cruz à crucificação chegou ao ápice com o rasgar do véu do templo. Logo foram feitas as providências para o seu sepultamento. Depois uma parte do tempo, o sepulcro foi guardado por algumas mulheres. No dia seguinte, apesar de sábado, os príncipes dos sacerdotes foram ao Governador romano pedindo mais segurança para o túmulo. Temos assim o túmulo muito bem guardado.
O túmulo foi guardado por certas senhoras que serviam a Jesus. Observando onde Jesus era colocado e elas sofriam. (Marcos 13.47). Contemplando o que fora o seu amado Mestre. E, finalmente, elas estavam preparando para voltar depois do sábado. “Depois voltaram para casa e prepararam perfumes e óleos para passar no corpo dele.” (Lucas 23.56).
O túmulo foi guardado por uma guarda Romana a pedido dos principais sacerdotes. Que, selaram o sepulcro e ficou vigiado por soldados romanos.
O túmulo foi guardado como preparo para maiores evidências de sua ressurreição. Tendo em vista a segurança do sepulcro. O selo aposto pelos fariseus e o principal dos sacerdotes que foram as testemunhas da guarda.
Não podia sofrer dúvida a morte de Jesus. Também não poderia ser negada a ressurreição ante as evidências. O túmulo foi guardado pelos inimigos de Jesus com medo exatamente do cumprimento das suas profecias. Muitas vezes os incrédulos crêem naquilo que eles não querem crer. Não somente creiamos, mas convém que também nossa vontade se submeta à fé.
Tudo aconteceu como profetizado. Você já se decidiu por conhecer e aceitar este ato de AMOR?
Léo Lima

sexta-feira, 29 de março de 2013

SILÊNCIO


Como base o texto do evangelho segundo João 19.1-16.

Acompanhando o julgamento de Jesus é possível constatar o silêncio que imperou. Ele não contestava. Não se defendia.
A multidão gritava: crucifica-O! Este é o brado da incredulidade, apesar: do poder da sua doutrina e dos sinais das evidências proféticas.
É o vociferar da maldade, que: domina, cega e perde os homens. Ele, no entanto, permanecia calado.
É a paga da ingratidão, pelas: curas realizadas, vidas restauradas física e moral. É a paga pela sua vida sacrificada.
Com tudo de triste que aconteceu Jesus Cristo na cruz falou: Pai perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem. Ao ladrão ao seu lado disse: Hoje mesmo estarás comigo no paraíso. Finalmente Ele disse: Está consumado! Em tuas mãos entrego meu espírito! E o véu do templo se rasgou e o silêncio aconteceu.
Qual seria a sentença que os homens Lhe imporiam hoje? 
Não continuam a crucificá-lo?

Léo Lima

quinta-feira, 28 de março de 2013

ANGÚSTIA


Baseado em: Mateus 26.17-46.
Judas combina com os principais sacerdotes para trair Jesus. Terça ou quarta feira? Na quinta à tarde, Jesus manda fazer os preparativos para a comemoração da páscoa. Esta era observada no dia 15 de Nizan. No dia 14 era a preparação da páscoa. A páscoa começava no dia 15 que se iniciava ao por do sol. Contenda ambiciosa entre os discípulos aconteceu e está registrada por Lucas. O lava pés dos discípulos aconteceu de forma inesperada por eles. Jesus prediz sua traição por Judas. Prediz, também, como Pedro o negará. Rápidos ensinos, inclusive sobre o grande mandamento. Lições sobre as duas espadas. Institui neste dia a Ceia Memorial. O discurso de despedida aos discípulos, parte no aposento, o restante durante o caminho para o horto. Oração sacerdotal, provavelmente, ao chegar ao jardim. Finalmente, mais ou menos pela meia noite, sob terrível angústia.
Jesus conduz os discípulos à oração. Depois de haver dado suas últimas instruções Ele fez a oração sacerdotal. Divide então os discípulos em grupos. Para o primeiro grupo diz: assentai-vos aqui. Levando consigo Pedro, Tiago e João o Senhor revela-lhes seu estado de tristeza e angústia.
Ora ao Pai revelando a fraqueza da carne, submetendo-se à vontade do Espírito. Ele repete a oração por três vezes.
Valoriza para os discípulos a necessidade de vigilância e oração para livrar-se da tentação. Recorda-lhes sobre que a disposição do espírito não basta para vencer a fraqueza da carne e passado o perigo, eles podiam dormir em segurança.
Nosso Mestre e Salvador Jesus sofreu a terrível angústia no Getsemani, porque não estava ali somente sob o perigo de sofrimento e morte, que muitos tem suportado valentemente, mas porque estava já sentindo o peso dos nossos pecados que na cruz havia de cair sobre Ele.
Pela segunda vez foi e orou, dizendo: - Meu Pai, se este cálice de sofrimento não pode ser afastado sem que eu o beba, seja feita a tua vontade.” (Mateus 26.42).
Que faremos diante da sua agonia atroz?
Léo Lima

quarta-feira, 27 de março de 2013

ATO DE AMOR


Reflexão resultante de um esboço feito por meu pai pastor Lima. Que o Senhor nos abençoe grandemente e que possamos refletir em nós mesmos.
“Jesus estava no povoado de Betânia, sentado à mesa na casa de Simão, o Leproso. Então uma mulher chegou perto de Jesus com um frasco feito de alabastro, cheio de um perfume muito caro, e derramou o perfume na cabeça dele. Ao verem aquilo, os discípulos ficaram zangados e disseram: - Que desperdício! Esse perfume poderia ter sido vendido por uma fortuna, e o dinheiro, dado aos pobres. Mas Jesus, sabendo o que eles diziam, disse: – Por que vocês estão aborrecendo esta mulher? Ela fez para mim uma coisa muito boa. Pois os pobres estarão sempre com vocês, mas eu não. O que ela fez foi perfumar o meu corpo para o meu sepultamento. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: em qualquer lugar do mundo onde o evangelho for anunciado, será contado o que ela fez, e ela será lembrada.” (Mateus 26.6-13).
Após as intensas atividades da 3ª feira, Jesus dirigiu-se a Betânia, onde provavelmente chegou à noite. Durante quase 48 horas, não há registro de atividades a não ser que a ceia em Betânia tenha se realizado na 4ª feira. Não se confunda essa unção com a que Lucas registra em 7.36-50, e que se dá na Galiléia. Aqui Marcos e Mateus omitem o nome da mulher, que João, escrevendo mais tarde informa ter sido Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro. Naquela ceia, Jesus é ungido para a sepultura.
Ungido para a sepultura num ambiente de apreensão decorrente dos últimos acontecimentos como resultado das repetições das profecias da sua crucificação e o estado de espírito dos discípulos.
Ungido para a sepultura, numa ceia de despedida. Foi na casa de Simão, o leproso, que podia ser um dos beneficiados. Em companhia dos irmãos Lázaro, Maria e Marta, ainda seguido dos discípulos mais chegados.
Ungido para a sepultura em circunstâncias especiais. A ocasião da ceia ou jantar. Os instrumentos usados: um vaso de alabastro com unguento de nardo puro uma rica especiaria. A autora desta obra: uma mulher rica que João identifica como Maria de Betânia. Os comentários produzidos pelos discípulos ou como define João por Judas Iscariotes. A justificativa de Jesus em sua aceitação do ato, não a molesteis. Maria fez uma boa obra. Sempre há oportunidade de servir os pobres onde estamos muitas vezes são ações que não podem ser proteladas. Sua recompensa: ser lembrado no mundo inteiro o seu feito.
Maria espontaneamente usou o privilégio de ungir a Jesus para a sepultura. Nós temos também o privilégio de servi-lo neste mundo depois de havermos crido em seu amor e salvação a nós dada após o sacrifício da cruz.
Léo Lima

terça-feira, 26 de março de 2013

CASA ABANDONADA

 Jesus terminou, dizendo: – Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe manda! Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! Agora a casa de vocês ficará completamente abandonada. Eu afirmo que vocês não me verão mais, até chegar o tempo em que dirão: “Deus abençoe aquele que vem em nome do Senhor!” (Mateus 23.37-39).
Atividades de Jesus na terça feira que antecedeu sua morte: - Sua vinda de Betânia. A figueira seca. Resposta sobre a Sua autoridade. Respondendo aos interrogatórios: sobre o tributo; sobre a ressurreição; sobre o primeiro mandamento. Uma pergunta de Jesus sobre a filiação do Cristo. Denúncia contra os escribas e fariseus. Sua lamentação sobre Jerusalém. O louvor da oferta da viúva pobre. Seu encontro com os gregos. O discurso escatológico. Sua predição da crucificação. Foram muitas as ações do Mestre naquele dia.
No texto acima Jesus faz menção, com dor profunda, sobre O que isto significava para os judeus. Casa: a cidade de Jerusalém - o processo de desolação em andamento. A ausência do Messias.
Porque ficaria abandonada a sua casa. A casa do Senhor ficaria abandonada por causa da incredulidade do seu povo. Por causa do adiamento em reconhecer Jesus Cristo como o Filho de Deus. Por causa, principalmente, da rejeição do seu povo em aceitar o cumprimento da profecia messiânica.
O que aprendemos dessa expressão do nosso Salvador. Sobre a dimensão do amor do nosso Deus. A infinita compaixão de Jesus. Ainda, o perigo da nossa indiferença.
O constante apelo de Jesus – uma nova atitude.
Léo Lima

O QUE ESTAMOS FAZENDO?

“ Mas a aflição dos que estiverem sofrendo vai acabar. No passado, Deus humilhou a terra das tribos de Zebulom e de Naftali, mas no futuro e...