“Oh! Se a minha mágoa retamente se pesasse, e
a minha miséria juntamente se pusesse numa balança! Porque, na verdade, mais pesada
seria do que a areia dos mares; por
isso é que as minhas palavras têm sido inconsideradas. Porque as flechas do
Todo-poderoso estão em mim, e o seu ardente veneno, o
bebe o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim. Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus me desse o que espero”! (Jó
6.2-4,8).
A poesia
está em cada emoção que o ser humano vive. Umas são emoções festivas, outras
emoções doloridas. No caso do texto inicial é um lamento em forma poética que
mostra que por mais profunda que a dor e a injustiça se mostrem é possível que
as palavras sejam de pura poesia.
Este
momento na vida de Jó é de dor profunda. Ele havia perdido tudo o que possuía,
desde bens materiais, familiares e ainda para completar sua saúde e passa por
um momento de extrema prostração. Ele havia ouvido seus amigos falando como que
buscando uma causa para o mal sofrido por Jó. Ele expressa todo peso que a dor
sobrepõe sobre si. Em sua exclamação final ele expressa o desejo de que Deus o
ouvisse e mostra a sinceridade das suas palavras.
Jó, com tudo que viveu, nos deixou um legado poético como poucos
no mundo. Mesmo na dor e muitas vezes por ela é possível deixar marcas de
altruísmo na fé vivida por este homem que Deus chamou de reto, sincero e
temente a Ele. Como estamos encarando nossos momentos de dor e frustração? Oramos como Jó? ‘Quem dera que se
cumprisse o meu desejo, e que Deus me
desse o que espero’. O final da história
mostra que este desejo foi concedido por Deus.
Léo
Lima
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