segunda-feira, 28 de setembro de 2020

RETORNO

 Com alegria compartilho mais uma das poesias do meu pai. Uma Ode ao filho pródigo baseada: (Lucas 15.11-32).

RETORNO

Eu venho cansado de longa jornada;

Cansado e faminto num triste lamento.

Meu canto amargo eu canto em tormento

De amarguras tristezas e de sofrimento.

Vagando no mundo, no mundo dos homens.

No seio do povo, me sinto tão só.

Sozinho eu canto os meus pensamentos

Que dores me assaltam de causar dó.

Eu sou o renegado que torna saudoso

À casa paterna, em busca de amor.

Gastei meus talentos, esbanjei meu tesouro.

Eu volto mendigo de causar dó.

Haverá para mim esperança, consolo

Alguém me esperando com o ansiado perdão?

Eu sou o que volta da triste jornada

Em busca de paz, de amor, compaixão!

Ó Pai que tanto amas recebe o contrito

Coração aflito e cheio de dor!

Recebe o mendigo em busca de abrigo...

Perdoa e aceita a tal pecador!

Eu bato na porta, a fé me empurrando,

Que eu mesmo não sei como aqui cheguei.

A fé me instigou meu último alento

E neste acalento enfim eu clamei:

Perdoa, ó Pai a teu filho ingrato!

Perdoa e recebe no teu grande amor.

Sou o filho que volta,

Sou o filho que chora,

Sou o filho que ri;

Sou teu filho Senhor!

Amil Edran

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