Com alegria compartilho mais uma das poesias do meu pai. Uma Ode ao filho pródigo baseada: (Lucas 15.11-32).
RETORNO
Eu venho cansado de
longa jornada;
Cansado e faminto num
triste lamento.
Meu canto amargo eu
canto em tormento
De amarguras tristezas
e de sofrimento.
Vagando no mundo, no
mundo dos homens.
No seio do povo, me sinto
tão só.
Sozinho eu canto os
meus pensamentos
Que dores me assaltam
de causar dó.
Eu sou o renegado que
torna saudoso
À casa paterna, em
busca de amor.
Gastei meus talentos,
esbanjei meu tesouro.
Eu volto mendigo de
causar dó.
Haverá para mim
esperança, consolo
Alguém me esperando
com o ansiado perdão?
Eu sou o que volta da
triste jornada
Em busca de paz, de
amor, compaixão!
Ó Pai que tanto amas
recebe o contrito
Coração aflito e cheio
de dor!
Recebe o mendigo em
busca de abrigo...
Perdoa e aceita a tal
pecador!
Eu bato na porta, a fé
me empurrando,
Que eu mesmo não sei
como aqui cheguei.
A fé me instigou meu
último alento
E neste acalento enfim
eu clamei:
Perdoa, ó Pai a teu
filho ingrato!
Perdoa e recebe no teu
grande amor.
Sou o filho que volta,
Sou o filho que chora,
Sou o filho que ri;
Sou teu filho Senhor!
Amil Edran
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