segunda-feira, 1 de julho de 2019

ARDENTE DESEJO


Oh! Se a minha mágoa retamente se pesasse, e a minha miséria juntamente se pusesse numa balança!  Porque, na verdade, mais pesada seria do que a areia dos mares;  por isso é que as minhas palavras têm sido inconsideradas. Porque as flechas do Todo-poderoso estão em mim, e o seu ardente veneno, o bebe o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim.  Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus me desse o que espero”!  (Jó 6.2-4,8).
A poesia está em cada emoção que o ser humano vive. Umas são emoções festivas, outras emoções doloridas. No caso do texto inicial é um lamento em forma poética que mostra que por mais profunda que a dor e a injustiça se mostrem é possível que as palavras sejam de pura poesia.
Este momento na vida de Jó é de dor profunda. Ele havia perdido tudo o que possuía, desde bens materiais, familiares e ainda para completar sua saúde e passava por um momento de extrema prostração. Ele havia ouvido seus amigos falando como que buscando uma causa para o mal sofrido por Jó.
Jó, com tudo que viveu nos deixou um legado poético como poucos no mundo. Mesmo na dor e muitas vezes por ela é possível deixar marcas de altruísmo na fé vivida por este homem que Deus chamou de reto, sincero e temente a Ele. Como estamos encarando nossos momentos de dor e frustração?  Oramos como Jó? ‘Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus me desse o que espero’. O final da história mostra que este desejo foi concedido por Deus.
Léo Lima

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