sábado, 21 de setembro de 2013

ÁRVORE

Hoje é um dia bastante especial, visto que Comemoramos o Dia da Árvore. Ofereço a você leitor uma poesia que escrevi na década de 1970 e que é parte do livro "Vê". Que Deus abençoe sua vida que ela seja esperançosa como o verde da árvore.

A ÁRVORE FALANDO DA VIDA

árvore é salutar!
Fala-nos da Vida, com vida!
Ensina-nos a amar, lutar!
Induz-nos à esperança.
É viva poesia.
Sua cabeleira balança em suave magia.
Sombreando ao seu redor sempre aconchegante, fria...
Insinuando até nostalgia...

Sua voz  dorida, é como triste lamento,
Às vezes reflorida
Grata, suave prece eleva ao firmamento!

Pois ao morrer Ela está a enaltecer o Criador amado.
Sendo berço do Príncipe adorado, esperado...
Sim, sentindo grande alegria naquele inesquecível dia:
“Paz na terra” nela como berço encerra
A humilde estrebaria...
Acariciante, tinha em seus braços prazenteiros
Aquele tenro Menino com coração de gigante,
E ideal altaneiro!

Mas a árvore querida agora menos reflorida,
Persiste no canto triste...
Em dizer insiste,
Pois até esmorece e quase fenece, sucumbe
Ao participar, presenciar.
Ser carregada e carregar...

Oh! DIA!!!
Foi grande a agonia...
Ela, um madeiro lavrado de fato pesado.
Uma cruz. Rude Cruz,
Que serviria para matar Jesus!
Ela que tantas vezes serviu de amiga.
Ao seu lado ELE dormiu aconchegado
Vindo de longas jornadas, cansado...

Agora por Ele é levada...
Ombros machucados. Pés extenuados
Fronte sangrando. Corpo açoitado
Mãos segurando...
É demais!!!
Ela aumentando Seus ais!
Erguida também sente os cravos
Que traspassam mãos e pés.
Tudo para libertar escravos, homens de pouca fé!...

Ela O ouve falando:
- “Hoje comigo no paraíso estarás entrando!”
- “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem!”

Ela, se sente estremecer
Naquele momento fatal - “ESTÁ CONSUMADO”
A alma ferida por tanto mal! A vibração final.
A libertação definitiva.

Ela O segurou ao morrer para outorgar a VIDA.
O homem que Nele crer verá finda sua desdita.
Sentirá reflorir a esperança, pois como da árvore o verde
Qual o riso da criança!
O homem salvo não perde a futura BEM-AVENTURANÇA!

Léo Lima

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