quarta-feira, 23 de março de 2016

UNGIDO PARA A SEPULTURA




“Ora, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, aproximou-se dele uma mulher, trazendo um vaso de alabastro cheio de precioso bálsamo, que lhe derramou sobre a cabeça, estando ele à mesa. Vendo isto, indignaram-se os discípulos e disseram: Para que este desperdício? Pois este perfume podia ser vendido por muito dinheiro e dar-se aos pobres. Mas Jesus, sabendo disto, disse-lhes: Por que molestais esta mulher? Ela praticou boa ação para comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes; pois, derramando este perfume sobre o meu corpo, ela o fez para o meu sepultamento.  Em verdade vos digo: Onde for pregado em todo o mundo este evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua”. (Mateus 26.6-13).
Após as intensas atividades da 3ª feira, Jesus dirigiu-se a Betânia, aonde provavelmente chegou à noite. Durante aproximadamente 48 horas, não há registro de atividades a não ser que a ceia em Betânia tenha se realizado na 4ª feira. Não se confunda essa unção com a que Lucas registra em 7.36-50, e que acontece na Galiléia. Aqui Marcos e Mateus omitem o nome da mulher, que João, escrevendo mais tarde informa ter sido Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro. Naquela ceia, Jesus é ungido para a sepultura.
Ele foi ungido para a sepultura num ambiente de apreensão.
Primeiro decorrente dos últimos acontecimentos. Depois como resultado das repetições das profecias da sua crucificação. Também devido o estado de espírito dos discípulos.
Um segundo aspecto é que O Mestre foi ungido para a sepultura, numa ceia de despedida. Que acontecia na casa de Simão, o leproso, que podia ser um dos beneficiados. Estavam presentes também os irmãos Lázaro, Maria e Marta. Além dos discípulos mais chegados.
Ungido para a sepultura em circunstâncias especiais.
A ocasião especial foi uma ceia ou jantar. Os instrumentos usados para essa homenagem: um vaso de alabastro com unguento de nardo puro. Era das mais ricas especiarias.
A autora desta obra: uma mulher rica que João identifica como Maria de Batânia. O feito ficou na história do Senhor Jesus. Os comentários produzidos pelos discípulos ou como define João por Judas Iscariotes foram de censura.
Jesus justifica a atitude desta mulher demonstrando assim sua aceitação do ato. E chega a repreender aqueles que falavam:
(1) Não a molesteis. Ele nos ensina que devemos deixar uma atitude de amor, zelo e carinho deve ser respeitada.
(2) Maria fez uma boa obra. Jesus reconhece o valor do ato desta mulher e agradece.
(3) Sempre há oportunidade de servir os pobres. O argumento era que o alto custo do perfume poderia ser utilizado em boas ações com os necessitados. Mas Ele mostra que nós temos infinitas oportunidades de fazer o bem.
(4) Ações que não podem ser proteladas. Na nossa vida existem algumas ações que não podem ser adiadas, essa foi uma delas.
(5) Sua recompensa: ser lembrado no mundo inteiro o seu feito. E é uma parte importante da biografia de Jesus. Ele honrou ao seu senhor. Maria espontaneamente usou o privilégio de ungir a Jesus para a sepultura. Nós temos também o privilégio de servi-lo neste mundo depois que cremos no Seu amor infinito.
Léo Lima

Um comentário:

  1. Lúcido e oportuno! tantas são as informações desencontradas da convivência humana... e tão simples a solução que Ele sempre nos ofereceu. Não necessitaríamos sequer de leis escritas, se examinássemos os ensinamentos do Nosso Mestre Jesus. A grandeza e a simplicidade de sua alma servil e humilde, tão à disposição dos homens.. e esses.. tão cegos em sua arrogância e credos.
    Parabéns pela postagem. Lembrança iluminada no meio dessa correnteza de acontecimentos diários.

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