Hoje, vou compartilhar mais uma das poesias que o meu pai
escreveu nos idos de 1969. Vale conferir. Deus abençoe sua vida. Léo
Lima
Balada da Loucura
De poeta e de louco
Todo o mundo tem um pouco,
Diz
o velho refrão.
Mas eu não creio isso não.
De poeta, há muito pouco,
Neste velho mundo louco.
E o que mais falta é a razão!
Há louco por toda a parte:
No belo mundo da arte,
Da ciência, da cultura.
Loucos de toda a sorte,
Quer na vida, quer na morte,
Do berço à sepultura.
Loucos alegres, chorando.
Há os que sofrem sorrindo.
Há os que vivem sonhando,
E os que de si vão fugindo!
Loucos que matam, que morrem,
Aos quais jamais os socorrem
Muitos que tal não se julgam!
Há louco de toda a tara,
Há loucos de tara rara,
Que nunca se subjugam.
Há loucos na mocidade,
Na infância e na velhice;
E de tudo quanto eu disse,
Loucura é "barbaridade"!
Há mais loucos do que sãos,
E os que pensando que não
Sejam loucos - Ah! coitados!
São pelos loucos chamados
De loucos desenganados!
Mas eu não creio isso não.
De poeta, há muito pouco,
Neste velho mundo louco.
E o que mais falta é a razão!
Há louco por toda a parte:
No belo mundo da arte,
Da ciência, da cultura.
Loucos de toda a sorte,
Quer na vida, quer na morte,
Do berço à sepultura.
Loucos alegres, chorando.
Há os que sofrem sorrindo.
Há os que vivem sonhando,
E os que de si vão fugindo!
Loucos que matam, que morrem,
Aos quais jamais os socorrem
Muitos que tal não se julgam!
Há louco de toda a tara,
Há loucos de tara rara,
Que nunca se subjugam.
Há loucos na mocidade,
Na infância e na velhice;
E de tudo quanto eu disse,
Loucura é "barbaridade"!
Há mais loucos do que sãos,
E os que pensando que não
Sejam loucos - Ah! coitados!
São pelos loucos chamados
De loucos desenganados!
Amil Edram
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