terça-feira, 18 de junho de 2013

MUNDO LOUCO

Hoje compartilho, novamente, mais uma das poesias que o meu querido pai escreveu. Esta foi escrita em fevereiro de 1969. A partir do momento que coloco a público estes pensamentos estou concordando com cada um deles. Não somente por seu meu pai, mas gosto do que ele escreveu. Deus usou a vida dele para abençoar a muitos dos que tiveram o prazer de conviver com ele e agora, mesmo que um pouquinho outras pessoas poderão refletir o que ele com inspiração escreveu. Como disse anteriormente o nome dele era Manoel Rodrigues de Lima e ele reduziu para 'Amil Edram'. Deus abençoe a sua vida cada dia mais. Léo Lima

Mundo Louco

As astronaves invadem o infinito.
Os terráqueos desafiam o insondável.
Astros, galáxias, poeira astral.
- Que há por lá?
- Ninguém ainda sabe.
Já se vislumbra algo do que não existe,
Mas o mistério sideral persiste.

Bilhões são gastos na hercúlea empresa.
Suor, lágrimas, sangue, afoiteza.
Multiplica-se ao infinito o saber humano,
E as máquinas tomam o lugar dos deuses!

Nas cidades, as favelas, os 'guetos',
Nos campos desertos, esturricados,
Homens, mulheres, crianças esfaimados!
Ladrões, assassinos, tarados, loucos
Enchem as ruas, os campos, as estradas.
Dor. Sofrimento. Miséria. Suicídios.
Bolinhas. Psicomanias.
Enquanto alguns esbanjam nas orgias
Que aos romanos de Nero,
Em muito superam as dos nossos dias!

Em toda a parte a insatisfação.
O medo governa as nações.
As guerras continuam.
Lutas fratricidas.
Idealismo. Anarquismo. Consumismo.
E tantos outros ismos.
Falta de fé e carência de juízo!

Mundo louco! Tresloucado! Transtornado!
Porque buscas nos sidéreos espaços
Algo que não pode resolver os teus problemas?
De que vale a conquista de Vênus?
Da Lua? De Marte? De Saturno?
De que vale o saber, se por seu turno
A miséria, o sofrimento, a desgraça, continua?

Amil Edram

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