“À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que
quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Marcos 15.34).

A natureza se
manifestou conforme os escritos dos seus seguidores quando diante do sofrimento
agonizante da cruz a noite se fez presente em plena três horas da tarde sendo
seguida de chuva torrencial. O véu do tempo se rasgou. A criação compartilhava
da agonia sofrida pelo Criador.
Ter sobre si e
sentir o pecado de toda uma humanidade fez com que Pai e Filho fossem afastados
por momentos que mais valeram por uma eternidade. A natureza era a pura
expressão do sentimento do Pai no momento final, pois para Deus o pecado é:
“uma qualidade implicitamente agressiva – uma crueldade, um ferimento, um
afastamento de Deus e do restante da humanidade, uma alienação parcial, ou um
ato de rebelião... O pecado possui uma qualidade voluntariosa, desafiadora ou
desleal: alguém é desafiado ou ofendido ou magoado”[1],
assim expressou John Stott (STOTT, 1991, p.81).
Deus, em sua santidade, não
poderia naquele exato momento estar ‘no’ Filho, era o ‘agora’ da expiação e o
Pai não tem comunhão com o pecado. Pode haver dor maior que deixar seu próprio
filho distante de si em um momento de tamanha dor? Alguns teólogos afirmam que
Deus sofreu a mesma dor do Filho.
Jesus exclamou: “Deus
meu, Deus meu, por que me
desamparaste?” por causa do meu e do seu pecado.
Léo Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário