quarta-feira, 24 de março de 2010

Estou de volta - eu e a minha cigarra



Estou de volta. Passei alguns dias fora da terrinha. Voltei e não estava me sentindo muito bem com mais um dente com problemas. Creio que após o tratamento que estou fazendo logo vou estar em forma de novo.

Vou deixar para os amigos uma poesia que me inspira sempre que a leio. Ela é do meu primeiro livro de poesias "Por causa de você". Ela nasceu em um momento sofrido. Ela é chorosa, mas quero que, você que me lê, seja ricamente abeçoado por nosso Deus.


A cigarra
Agora aqui tudo é silêncio; somente
A cigarra ao longe canta solenemente.
Parece-me estar querendo gritar,
Para o mundo inteiro escutar.
Que o canto faz bem à alma,
Que ele a todos, todos acalma
Fazedo sorrir a todo instante
A todo ser, até o mais revoltante.
Mas aos poucos me irrito com ela
Pois presume ser a mais bela
De todo e qualquer inseto.
Tenho pena, sim, confesso.
Voz mais formosa!
É isso que pensa?
Supor-se mais alto até que compensa,
O tombo às vezes nem sente. Coitada!
Se a voz lhe faltar, ela fica sem nada!
Sozinha sempre esteve, cantando.
Vai só vagando, nem se lembrando
De um amigo na vida fazer.
E assim finda seu curto viver.
Não deixou nenhuma saudade
Nem sequer um pouco de piedade.
Enquanto na vida só em si pensou
Sozinha, muito só, foi que acabou!

Léo Lima

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